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Além dos incêndios, estiagem também ‘seca’ rios em Mato Grosso do Sul que chegam a níveis críticos


Com alerta há meses, a seca severa que atinge Mato Grosso do Sul colocou quatro rios que cortam o Estado, além do Paraguai, em níveis críticos, abaixo do normal. Os rios Aquidauana, Miranda, Aporé e Pardo encontram-se em nível de estiagem. No Rio Aquidauana, a média móvel atual da estação de Aquidauana é de 1,78 metro, sendo que o nível mínimo da média histórica é de 2,70 metros e sua média normal é de 3,18 metros.


As informações constam no boletim diário n. 2465 da Sala de Situação do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), com base em dados da ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico).


Das 12 estações que apresentam informações atualizadas no Estado, 11 registraram níveis fora da faixa de normalidade nas últimas 24h, ou seja, com índice abaixo das médias históricas das cotas para o mês de junho. Dessas 12 estações, 6 medem níveis do Rio Paraguai e 1 mede o nível do Rio Aquidauana e 2 o nível do Rio Miranda.


Para se ter ideia da dimensão da seca, segundo a média histórica registrada na estação de Porto Esperança, que mede o nível do Rio Paraguai, a média móvel registrada atualmente é de 47cm, quando o nível mínimo registrado na média histórica foi de 2,77 metros. A situação gera escassez até mesmo de água para animais beberem.


O Rio Miranda tem média móvel registrada atual de 1,24 metro, sendo que sua média normal é de 3,79 metros. A estação da Fazenda Buriti, que acompanha os níveis do Rio Pardo, por exemplo, tem média móvel atual de 2,89 metros, sendo que o nível mínimo da média histórica é de 3,41 metros.


Dos quatro rios de Mato Grosso do Sul que entraram em nível de estiagem, dois fazem parte da Bacia do Paraguai: o Aquidauana e o Miranda. Eles são importantes afluentes do Pantanal sul-mato-grossense.


Os outros dois rios, Aporé e Pardo, fazem parte da Bacia do Paraná que, apesar de não cortarem a região mais seca do Estado, a pantaneira, também estão em níveis abaixo do normal.


Na primeira quinzena de junho, o Rio Paraguai chegou a 3 metros abaixo da média histórica para o período. Além disso, a estiagem e baixa umidade relativa do ar agravam o cenário.


Dados do Boletim de Monitoramento Hidrológico da Bacia do Rio Paraguai, elaborado pelo Serviço Geológico do Brasil, mostram que praticamente toda a bacia está em nível mínimo. Em Ladário, por exemplo, o nível do Rio Paraguai está em 1,31 metros, sendo que o esperado para a época é de 4,41 metros.


Na estação do Forte Coimbra, o rio está com apenas 5 centímetros de profundidade, quando deveria estar com 3,78 metros. E, em Porto Murtinho, a situação não é diferente. São 2,15 metros de profundidade do Rio Paraguai, que deveria estar em 5,19 metros. Todas as medições tiveram redução no nível nas últimas duas semanas.



Nos primeiros 15 dias de junho, foram registrados 1.154 focos de incêndio no Pantanal. Dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) mostram que só no dia 14 foram 387 focos registrados no bioma. Com isso, a média é de 77 focos por dia no Pantanal.


A situação caminha para ser pior do que em 2020, quando incêndios florestais devastaram o Pantanal. Para se ter ideia, em todo o mês de junho de 2020 foram registrados 406 focos de incêndio no Pantanal, menos da metade do resultado atual.


E o pior está por vir, visto que os meses mais críticos para incêndios florestais são de junho a outubro. A questão é que com o Pantanal vivendo em seca histórica, sem ter registrado cheia, aumenta as chances de que incêndios se alastrem com facilidade.


Com informações do Midiamax

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